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12 de Maio de 2024
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    CNJ firma acordo com Hering para ampliar contratação de presos e ex-detentos

    há 14 anos

    O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, assinou, nesta quinta-feira (28/1), em Aparecida de Goiânia (GO), um termo de cooperação com a empresa de confecção de roupas Hering, para ampliar a contratação de presos e egressos do sistema carcerário nas atividades de produção e embalagem de roupas. A empresa, que no Estado de Goiás já emprega 265 presos e ex-detentos, agora vai expandir o projeto para outros estados onde possui fábricas. Inicialmente serão abertas 160 novas vagas. "Esse acordo é de fundamental importância para promover a reinserção social dessas pessoas", destacou o ministro. O acordo faz parte do programa Começar de Novo do CNJ, que visa a ressocialização de presos e ex-detentos.

    O convênio foi firmado durante a inauguração do Módulo de Respeito, no presídio feminino Centro de Inserção Social Consuelo Nasser, em Aparecida de Goiânia. O módulo é um projeto de direitos humanos e reinserção social de detentos implantado pela Superintendência do Sistema de Execução Penal da Secretaria de Segurança Pública de Goiás. Na ocasião, o diretor industrial da Hering, Edgar de Oliveira, destacou a importância do acordo firmado com o CNJ e explicou que a empresa capacita os detentos para trabalhar em processos de embalagem de roupas e confecção. Com o acordo firmado com o CNJ, agora a Hering vai abrir mais 140 vagas para esse tipo de mão de obra em Goiás e outras 20 no Rio Grande do Norte, em um projeto piloto no Estado. Todas as ofertas serão cadastradas no Portal de Oportunidades do CNJ, que reúne as vagas disponíveis para esse tipo de mão de obra em todo o Brasil.

    No Módulo de Respeito que já funciona na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia, 110 detentos, entre homens e mulheres, trabalham etiquetando e embalando roupas da marca Hering. O grupo chega a embalar cerca de 30 mil peças por dia, que serão vendidas em lojas. A Hering trabalha com a contratação de presos e egressos há cerca de seis anos. Muitos deles, quando terminam de cumprir a pena, continuam trabalhando na empresa. "É uma forma de dar uma chance a essas pessoas", destaca Edgar de Oliveira. Segundo ele, atualmente, metade da produção da marca no Estado de Goiás passa pelas mãos desses funcionários. "Eles são cativos e muito disciplinados. Muitos deles estão trabalhando inclusive em empresas terceirizadas fornecedoras da Hering", afirmou Oliveira.

    Governo - Em Goiânia, o ministro Gilmar Mendes também assinou um acordo com o governador de Goiás, Alcides Rodrigues, para a contratação de presos, egressos do sistema carcerário e menores em conflito com a lei que cumprem medidas sócio-educativas ou de internação no Estado. Segundo o governador, será feito um processo de seleção e análise do perfil das pessoas que serão contratadas. "É muito importante o trabalho de ressocialização, para permitir que essas pessoas consigam ocupar um lugar no mercado de trabalho com qualificação", destacou o governador. Na ocasião, o governador conclamou outras empresas a participarem do projeto, incluindo presos e ex-detentos em seus quadros de funcionários.

    MB/EN

    Agência CNJ de Notícias

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