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26 de Abril de 2024

Conselho aprova nova resolução para reduzir judicialização da saúde

há 8 anos

Preocupado com a crescente judicialização da saúde, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu oferecer ferramentas para auxiliar o trabalho dos magistrados. Na 18ª Sessão Virtual, encerrada no último dia 30, o plenário aprovou, por maioria, resolução que dispõe sobre a criação e a manutenção de comitês estaduais de saúde, bem como a especialização em comarcas com mais de uma vara de fazenda pública.

O ato normativo visa dar efetividade à Resolução 107/2010 do CNJ, que criou o Fórum Nacional do Poder Judiciário para a Saúde e instituiu os comitês estaduais de saúde como instâncias adequadas para encaminhar soluções e garantir a melhor forma de prestação jurisdicional em área tão sensível.

Com quatro artigos, a nova resolução, relatada pelo conselheiro Arnaldo Hossepian, determina os critérios para a formação dos comitês. Os colegiados devem ser compostos por magistrados de primeiro e segundo graus; gestores da área da saúde e demais participantes do sistema de saúde e de Justiça (Ministério Público, Defensoria Pública, advogados públicos ou um representante da Ordem dos Advogados do Brasil), além de dois integrantes do conselho estadual de saúde: um que represente os usuários do sistema público e, outro, os usuários do sistema suplementar de saúde.

Atribuições - Entre as atribuições dos comitês está a de auxiliar os tribunais na criação dos Núcleos de Apoio Técnico do Judiciário (NAT-JUS), constituídos de profissionais da saúde, para elaborar pareceres acerca da medicina baseada em evidências. Os magistrados serão indicados pela presidência dos tribunais, de preferência entre aqueles que exerçam jurisdição em matéria de saúde pública ou suplementar, ou que tenham destacado saber jurídico na área. Às cortes, caberá ainda a criação de sítio eletrônico que permita acesso ao banco de dados, que será criado e mantido pelo Conselho Nacional de Justiça, com pareceres, notas técnicas e julgados na área da saúde, para consulta pelos magistrados e demais operadores do direito.

Especialização – Os tribunais estaduais e federais, nas comarcas ou seções judiciárias onde houver mais de uma vara de fazenda pública, promoverão a especialização de uma delas em matéria de saúde pública. O mesmo deve ser seguido nas cortes que contam com mais de uma câmara de direito público.

Thaís CieglinskiAgência CNJ de Notícias

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Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/conselho-aprova-nova-resolucao-para-reduzir-judicializacao-da-saude/380097794

4 Comentários

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Excelente.... continuar lendo

Ainda bem, já tava na hora!!! continuar lendo

Ótimo!!!
Agora, aguardemos o '''generosíssimo''' perdão e a substituição disso: http://soasanseguros.com.br/noticias-18o-ciclo-ans-suspende-comercializacao-de-planos-de-saúde/ pelos projetos recém apresentados:
1) perdão das dívidas - divulgam aos 4 ventos que o Estado está quebrado, o que qualquer conta simples com os números econômicos comparativos (séries históricas e outros países) demonstram a grande bobagem; mas perdoam os grandes devedores... (já os trabalhadores... terão desvinculação de salários, aposentadorias e tudo quanto direito perdido...)
2) desmonte do SUS - problemas seríssimos de entrega dos 'produtos' da saúde, hoje, na rede privada, com concorrência da pública! - imaginemos sem ela, ou com ela reduzida e estraçalhada (breve...)!!!!
Daí veremos... a bomba explodir... em todos os estados. continuar lendo

Vou colar a ata de uma audiência pública no MPRJ em 2013 e aqueles que tiverem interesse deveriam ler e atentar para vários pontos. O principal deles é que em 2011 o MPRJ tinha 1850 representações no núcleo da saúde e um único promotor. Após queixas ao CNMP (orgão inútil) o comando do MPRJ colocou mais promotores. As ações em saúde jamais prosperam, "ganha mas não leva" ou se tem uma juíza que acha normal "fila de UTI" (http://tv.r7.com/record-play/rio-de-janeiro/rj-no-ar/videos/nem-ordens-judiciais-resolvem-falta-de-vagas-na-rede-pública-de-saúde-do-rio-22102015). O que quero dizer é que não se iludam é mero "jogo de cena" já que a representatividade não contempla as diversas organizações no setor, não dá valor à defensoria pública no que cabe, será um conselho ou núcleo dos mesmos que levaram a saúde a este patamar. O TJRJ possui nas fazendas públicas , de regra, os protegidos, que mais das vezes só julgam quando é contra o privado, olhando com lupa este juizes da fazenda pública não produziram nada de concreto, sempre aceitando recursos protelatórios do ente público e assim uma ação para leitos de UTI de 2011 ainda não foi cumprida. Resumindo CNJ "me engana que eu gosto", é assim que eles pensam e espero que este comentário alerte aqueles que trabalham no direito à saúde para que não permitam continuar esta enganação...

http://www.mprj.mp.br/documents/112957/1483675/ATA_Audiencia_Publica_5_dez_2013_OFICIAL.pdf continuar lendo