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19 de Abril de 2024

Entenda a diferença entre votos brancos e nulos

há 8 anos

CNJ Servio entenda a diferena entre votos brancos e nulos

As próximas eleições municipais no Brasil acontecerão em outubro, quando serão escolhidos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. O voto é obrigatório para os maiores de 18 anos e menores de 70, e facultativo aos jovens de 16 a 18 anos. Além de conhecer melhor o candidato, tema do CNJ Serviço da semana passada, é importante o eleitor saber também o conceito dos votos brancos e nulos.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tanto os votos brancos quanto os nulos não são considerados válidos. Isso quer dizer que estes tipos de votos não contam na apuração das eleições e nem são contabilizados para o candidato que está ganhando. Para os cálculos eleitorais, são considerados válidos apenas os votos nominais e os de legenda. A contagem dos votos de uma eleição está prevista na Constituição Federal de 1988, que determina que "é eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e os nulos".

Voto em branco – De acordo com o Glossário Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o voto em branco é aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos. Antigamente, o voto branco era considerado válido e contabilizado para o candidato vencedor, como se o eleitor se declarasse satisfeito com qualquer candidato que vencesse as eleições. Isso mudou.

Voto nulo – O voto nulo, aquele em que o eleitor manifesta sua vontade de anular o voto como manifestação de protesto, não invalida a eleição, mesmo que mais de 50% dos eleitores votem desta forma. De acordo com informações do TSE, os votos nulos podem sim interferir no resultado da eleição, já que quando um eleitor vota desta forma, o candidato com mais votos fica mais perto de vencer a eleição no primeiro turno. Assim, quanto mais votos nulos ou brancos, menos votos válidos um candidato precisará para atingir mais de 50% dos votos e ser eleito.

Nulidade de voto – A anulação dos votos ocorre quando se verifica uma irregularidade (por exemplo, fraude ou coação) do candidato vencedor das eleições. Os votos só serão anulados se o candidato eleito for condenado por abusar do poder econômico, por comprar votos ou por interferir com o poder político ou da autoridade. Conforme o Código Eleitoral, neste caso, a eleição é anulada e o Tribunal Regional Eleitoral marca novas eleições no prazo de 20 a 40 dias.

Eleição majoritária e eleição proporcional – Enquanto os prefeitos são escolhidos por meio da eleição majoritária, os vereadores são eleitos pelo critério proporcional. No primeiro sistema, o candidato precisa alcançar a maioria absoluta dos votos válidos, isto é, 50% dos votos mais um – caso isso não aconteça, a disputa é definida no segundo turno entre os dois candidatos mais votados. No entanto, na eleição majoritária o segundo turno só ocorre em cidades com mais de 200 mil eleitores, conforme determinado no artigo 29 da Constituição Federal. Nas eleições proporcionais é permitido votar diretamente no candidato ou em algum partido. Assim, as vagas ao cargo de vereador são distribuídas de acordo com o número de votos recebidos por cada partido.

Data e horário da votação - De acordo com a Lei 9.504, de 30.09.1997, o primeiro turno das eleições deve ocorrer no primeiro domingo do mês de outubro do ano eleitoral, e o segundo turno no último domingo de outubro, que em 2016 serão nos dias 2 e 30 de outubro, respectivamente. A votação terá início às 8 horas e se estenderá até as 17 horas, sem intervalo.

Para mais informações acesse o Guia do Eleitor, do TSE.

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33 Comentários

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Voto obrigatório não é voto democrático. Tenho justificado meus votos desde 1994. O voto tem que ser "voluntário"; nem mesmo "facultativo". Voluntário vem da vontade de votar pelo cidadão, se origina no cidadão; facultativa é facultado ou permitido pelo Estado, originando-se do Estado.

Voto voluntário é o primeiro e mais importante passo a ser dado na mudança real do País. Até lá continuará essas "capitanias hereditárias", essa "netocracia". Tem casos em que estamos elegendo netos de políticos do tempo do Império!!!... continuar lendo

Discordo, apesar de respeitar sua opinião, de que a eleição seja facultativa. Serão arrastados, a votar, justamente os votos comprados. A parte consciente do eleitorado ira negar-se a sair de casa para eleger, em sua grande maioria, os salafrários. Anulando o voto estamos demonstrando que nos desagrada essa escoria. Propagando aos amigos e conhecidos estaremos multiplicando nosso descontamento. continuar lendo

"Antigamente, o voto branco era considerado válido e contabilizado para o candidato vencedor...". Informação incorreta. Antigamente, o voto em branco era contabilizado para fins de coeficiente eleitoral - que é uma coisa completamente diferente de "contabilizar para o candidato vencedor". A proposito, leiam o artigo "Sua Excelencia o Voto em Branco". Encontram na internet. continuar lendo

E agora... em quem acreditar? Gostaria que o autor esclarecesse esse ponto... continuar lendo

Muito bom! Nunca é demais repetir que, para a contabilização dos votos, brancos e nulos são absolutamente idênticos, e nenhum tem o poder de anular uma eleição. Igualmente imprescindível mostrar a diferença entre votos nulos e anulados - estes sim podendo anular o pleito.
Por mais que isto seja explicado, a má informação sempre volta a circular. continuar lendo

Democracia= voto facultativo
Ditadura=voto Obrigatório
Qual a sua opção? Por que nossos legisladores não tem CORAGEM de mudar isso? continuar lendo

Que continue sendo obrigatório, mas que sejam menos rígidos como são, impedindo aqueles que não votaram "na eleição anterior" de participarem, por exemplo, de concursos públicos. Se o voto não fosse obrigatório, não poderia ocorrer que políticos "poderosos" impedissem, por algum tipo de ameaça, os eleitores de votarem por saber que os mesmos iriam votar no candidato adversário? Sei não, mas acho isso uma possibilidade, Dario Almeida. continuar lendo

Essa "igualdade" não se passam nem acontecem na sociedade brasileiro como grandezas matemáticas, nas quais a lógica pode ser aplicada. Precisamos caminhar muito ainda para entender e viver a "democracia" como cidadãos conscientes de nossa responsabilidade comum com a "pólis" e com a "res pública". Grande parte de nosso povo é "analfabeta política", inclusive "letrados". Se "coragem" significa "entregar a administração pública" nas mãos de "compradores de votos", mais do que já é com este sistema viciado que aí está. prefiro ainda "não ser corajoso". Entendo que "não é a política que faz o ladrão; é o voto"vendido/incauto/aliciado/chantageado"+ a omissão dos que se acham"acima disso tudo"(e que, por isso, não votam) que faz LADRÕES galgarem"mandatos políticos"e"cargos públicos", legitimando a ilegalidade, a corrupção, a perpetuação dos"nepotismos", feudalismos","coronelismos", etc. etc. Nossa"sociedade civil"não é organizada nem atuante politicamente,"cedendo seu nobre espaço"a minorias"organizadas"que --- aí, SIM, --- DITAM (de ditadura - desculpe o pleonasmo) suas regras, que vamos"aceitando", por omissão, permissividade ou"bovinismo". PRECISAMOS PASSAR O BRASIL A LIMPO, A PARTIR DA BASE DA PIRÂMIDE POLÍTICA!!! continuar lendo